Saci recorre a seus amigos para encarar o Halloween
“O Saci não é inimigo das bruxas”, analisa Mouzar Benedito. “O que ele não gosta é de Halloween” (Foto: Reprodução) O jornalista, escritor e saciólogo Mouzar Benedito lança, nesta quinta-feira, […]
Publicado 29/10/2009 - 15h20
“O Saci não é inimigo das bruxas”, analisa Mouzar Benedito. “O que ele não gosta é de Halloween” (Foto: Reprodução)
O jornalista, escritor e saciólogo Mouzar Benedito lança, nesta quinta-feira, em São Paulo (SP), o Anuário do Saci e seus amigos. Uma espécie de agenda sem ano definido que traz informações históricas e efemérides sobre cada dia do ano comentaddas por um mito popular, seja indígena, seja criado no brasileiro, seja apropriado junto da imigração europeia.
Com ilustrações de Ohí, a obra é uma continuidade de um anuário publicado em 2006 que se dedicava apenas ao Saci. “Incluímos mais mitos com a intenção de ampliar mesmo”, explica Mouzar. “Como não temos estrutura para ter um anuário para cada mito, fizemos um resumo para um anuário só”, avisa.
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Cada mês do ano traz uma figura ou um conjunto delas. Saci reina sobre outubro, cujo último dia, aliás, lhe é dedicado, em uma contraposição ao Halloween – apropriado do calendário de festas dos Estados Unidos. Janeiro, vem com Jurupari, deus civilizador dos tupis, erroneamente qualificado pelos jesuítas como o diabo. Fevereiro é do CUrupira, protetor das matas e dos animais. Os mitos ligados à água como a Iara (espécie de sereia de rios), Minhocão, Nego d’água etc, ganham abril.
“O Saci não é inimigo das bruxas”, analisa Mouzar. “O que ele não gosta é de Halloween.” Uma mostra disso é que o Anuário dedica agosto, mês do folclore, para as figuras apropriadas do ideário europeu, como Mula sem Cabeça, Cuca e as bruxas. Muito populares em Santa Catarina e outras regiões, elas vieram com imigrantes.
Anuário do Saci e seus amigos – Mitologia Brasílica
Texto de Mouzar Benedito, ilustrações de Ohí
Publiser Brasil
160 páginas