São Paulo – O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, disse hoje (18), durante assinatura de convênio com o governo do estado que amplia a Operação Delegada, que acredita que o aumento de contingente de policiais nas ruas vai aumentar sensação de segurança e influenciar na queda dos índices de violência da cidade. “O que nós queremos é que em um, dois, quatro, dez anos, possamos celebrar ainda melhores indicadores do ponto de vista da criminalidade”, afirmou. 

Haddad citou as regiões de Campo Limpo, Capela do Socorro e M’Boi Mirim, na zona sul, além da praça da Sé, no centro, como regiões prioritárias para a atuação dos 3.898 policiais e bombeiros que poderão participar da operação – um terço deles durante a noite, a partir do dia 1º de Abril. “O policiamento é uma atribuição do governo do estado, mas por meio desse convênio nós estamos delegando todas as atividades, todo o poder de polícia da prefeitura de São Paulo, para o estado, para a PM”, afirmou o prefeito.  

Ele lembrou que discordava da concentração de recursos que vigorava desde 2009, da ordem de R$ 300 milhões, no combate à venda de produtos ilegais na rua. “As pessoas têm emprego, a economia emprega, então a gente não vive uma situação em que as pessoas não têm emprego e vão para a rua vender produtos para sobreviver. Agora, o contingente que ficou no período diurno ainda é muito grande, dois terços da operação.”

Entre as prioridades dos policiais que vão atuar na Operação Delegada, está o combate preventivo aos chamados pancadões na periferia, afirmou o comandante geral da Polícia Militar, o comandante Benedito Meira. No último fim de semana, a PM impediu a realização de 114 bailes funks na cidade, frisou o governador Geraldo Alckmin, que chamou o convênio de “ganha-ganha”. “Ganha a sociedade porque tem mais polícia nas ruas. E ganham os policiais, porque neste período têm a sua remuneração também por esse serviço prestado. Temos um benefício dos dois lados”