Passou pano

Presidente do Nubank defende diretora que divulgou Brasil Paralelo, diz site

Segundo reportagem, presidente do banco, Youssef Lahrech, enviou nota aos funcionários afirmando que postagem da diretora, agradecendo convite da produtora de extrema direita, não viola o código de conduta da instituição

Divulgação
Divulgação
Diretora do Nubank compartilhou convite para evento da extrema direita e viu debandada de correntistas

São Paulo –  O presidente e diretor de operações do Nubank, Youssef Lahrech, defendeu a diretora Cristina Junqueira e a divulgação do evento promovido pela produtora Brasil Paralelo. Segundo reportagem da Agência Pública, publicada nesta quarta-feira (19), Lahrech enviou uma nota interna aos funcionários do banco na noite desta terça-feira (18), após forte reação negativa de correntistas.

Segundo a reportagem, a nota do banqueiro, em inglês, diz que Cristina Junqueira “de nenhuma maneira viola nosso Código de Conduta”. O banco não respondeu pedido de esclarecimentos da Pública.

O apoio do banco à empresa ligada à extrema direita foi um dos assuntos mais comentados nas redes sociais nesta terça. E levaram as ações à queda de 1,18% no fim do dia. A diretora do Nubank, em seu Instagram pessoal, postou o convite que recebeu para participar da palestra de Jordan Peterson, psicólogo canadense conservador, conhecido antifeminista e crítico de movimentos LGBTQIA+. “Muito obrigada pelo convite!”, ela escreveu.

Nubank sofre boicote após aproximação com extremistas

Ainda segundo a Pública, o presidente da Nubank escreveu na nota aos funcionários que “gostaríamos de reiterar que Cris não tem nenhuma parceria com os organizadores deste evento, nem o Nubank patrocina ou apoia nenhuma destas organizações”. E escreveu também que o banco não tem posições políticas nem contribui direta ou indiretamente com movimentos políticos ou religiosos. E que “o código de conduta da empresa respeita a liberdade de expressão de seus funcionários e que rejeita qualquer tipo de discriminação ou assédio”.

O Brasil Paralelo também está envolvido com a produção de material didático para o governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) em São Paulo, questionado na Justiça. Trata-se de uma vídeoaula para alunos do 2º ano do ensino médio.

O material foi produzido em agosto pasado, quando o governador e seu secretário da Educação, Renato Feder, abriram mão do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) do Ministério da Educação, sem custos. Isso para produzir o próprio material, de cunho claramente ideológico.

Redação: Cida de Oliveira