Copa 2018

Afonsinho diz que Neymar aguenta a pressão, que é proporcional ao seu talento

'Esse choro, essa explosão foi muito benéfica para ele', afirmou o ex-jogador. Segundo ele, Philippe Coutinho deve ser tratado 'a pão de ló' pelos gols que fez na Copa

DiaEsportivo/Folhapress

Neymar marcou o 2º gol na vitória do Brasil contra a Costa Rica

São Paulo – Apesar do choro após a vitória do Brasil contra a Costa Rica por 2 a 0 na Copa do Mundo, nesta sexta-feira (22), o ex-jogador Afonsinho diz que Neymar já demonstrou, ao longo da sua carreira, que é capaz de resistir à pressão, e lembrou das Olimpíadas do Rio 2016, quando o jogador liderou a conquista inédita da medalha da ouro.

“As pessoas não prestam muito a atenção, mas ele vem sendo submetido a um nível de pressão muito elevado. A gente tem que recordar não só todos os passos da sua carreira, como também que ele segurou a responsabilidade nas Olimpíadas”, afirmou Afonsinho, que atuou em equipes como Botafogo, Flamengo, Fluminense e Santos nas décadas de 1960 e 1970.  

Segundo ele, a exposição do jogador nos meios de comunicação, em decorrência do crescimento do futebol como negócio, assumiu “proporção muito grande”, mas o tratamento de popstar dado a Neymar é proporcional à “grandeza que ele vai alcançando, cada dia mais”.

“Isso tudo pesa, isso tudo traz pressão. Esse choro, essa explosão foi muito benéfica para ele”, afirmou Afonsinho em entrevista ao jornalista Glauco Faria na Rádio Brasil Atual, após o jogo.

Ele diz que a pressão sobre o craque brasileiro aumentou ainda mais devido ao empate no primeiro jogo da seleção, e também devido ao fato de Neymar ainda se recuperar da lesão sofrida no pé esquerdo. “Ele ficou muito tempo parado, mesmo que esteja clinicamente curado”, afirmou, lembrando que não há outra forma de ganhar ritmo de jogo que não seja jogando.

Afonsinho ainda destacou a atuação de Phillipe Coutinho, que deve ser tratado “a pão de ló”, por ter marcado nos dois primeiros jogos. O ex-atleta também elogiou a Costa Rica, e disse que o adversário não apenas se defendeu, mas também jogou “com a bola no chão”, o que valoriza ainda mais a vitória dos brasileiros. “O principal é que essa vitória, com essas características, pode fazer o Brasil crescer ainda mais”, aposta.