Em julho

Preços da cesta básica caíram na maioria das capitais pesquisadas, aponta Dieese

Com base na cesta mais cara, instituto calculou em R$ 4.420,11 o salário mínimo necessário para necessidades básicas de um trabalhador e sua família

Reprodução/Montagem RBA
Reprodução/Montagem RBA
Arroz e leite ficaram mais caros; feijão e tomate caíram de preço

São Paulo – Os preços médios dos produtos da cesta básica caíram, no mês passado, em 13 das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese. No acumulado do ano a situação é praticamente inversa, com alta em 14 municípios.

Como desde março a coleta de preços deixou de ser presencial, com exceção de São Paulo, o instituto observa que os resultados devem ser relativizados, embora as tendências se mantenham. “Sem a coleta presencial, os preços podem estar subestimados ou superestimados”, informa o Dieese.

Na capital paulista, a cesta básica foi calculada pelo Dieese em R$ 524,74, queda de 4,07% na comparação com junho. Os preços subiram 3,60% no ano e 6,40% no acumulado em 12 meses.

Salário mínimo

O menor valor foi apurado em Aracaju: R$ 392,75. Já a cesta mais cara foi a de Curitiba (R$ 526,14). Com base nesse valor o Dieese calculou em R$ 4.420,11 o salário mínimo necessário para as necessidades básicas de um trabalhador e sua família, considerando quatro pessoas. Isso corresponde a 4,23 vezes o mínimo oficial, de R$ 1.045.

O tempo médio para adquirir os produtos caiu para 98 horas e 13 minutos. E o trabalhador remunerado pelo salário mínimo comprometeu em média 48,26% do salário líquido para comprar os alimentos básicos, pouco menos do que em junho (48,94%).

Em 12 meses, até julho, os preços médios subiram em todas as capitais pesquisadas. A variação vai de 0,15% (Brasília) a 18,59% (Curitiba). Em São Paulo, foi de 6,40%.

No mês passado, os preços do leite integral e da manteiga subiram em 16 e 12 capitais, respectivamente. O óleo de soja subiu em 15 e o arroz agulhinha, em 14 cidades. Já o preço do tomate recuou em 14 e o do feijão, em 12 municípios.