Dicas de leitura

Para onde vai a educação brasileira? Livros para procurar a resposta

Obras da Boitempo que você pode adquirir por meio da parceria com a RBA, apoiar nosso trabalho e ter acesso a um debate sobre para onde vai a educação

Pixabay
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São Paulo – Carlos Decotelli é o novo ministro da Educação do governo Jair Bolsonaro. O oficial da reserva da Marinha é o terceiro ministro a ocupar o cargo em apenas um ano e meio de governo. É o décimo militar a ser nomeado para um cargo no primeiro escalão – em um governo que já nomeou cerca de 3 mil militares em posições diversas na administração direta, em estatais e autarquias. A questão que fica é: para onde vai a educação brasileira?

As duas passagens anteriores pelo ministério foram, no mínimo desastrosas, de Ricardo Vélez ao “exilado” Abraham Weintraub. Por que um governo trata tão mal um assunto de extrema importância para o futuro do país? A editora Boitempo traz quatro dicas de leitura que podem ajudar o leitor a encontrar respostas.

1. Educação contra a barbárie

Organizada pelo especialista em políticas públicas de educação Fernando Cássio, a coletânea propõe um debate franco e corajoso sobre as principais ameaças à educação pública, gratuita e para todas e todos. Neste novo volume da coleção Tinta Vermelha, selo que busca provocar reflexões sobre assuntos atuais, temas como revisionismo histórico, experiências de educação popular, financiamento do ensino público, dilemas da educação a distância e a polêmica ideologia de gênero são abordados com rigor teórico e linguagem acessível. 

2. A educação para além do capital

Ensaio escrito pelo filósofo István Mészáros para a conferência de abertura do Fórum Mundial de Educação, realizado em Porto Alegre, em 2004. Nesse texto, o professor emérito da Universidade de Sussex, no Reino Unido, procura afirmar, entre outras coisas, que a educação não é um negócio, é criação. Que educação não deve qualificar para o mercado, mas para a vida.

3. A escola não é uma empresa

Obra do sociólogo Christian Laval discute a crise de legitimidade da escola em tempos de avanço neoliberal e coloca em xeque os valores embutidos em termos hoje correntes na educação, como “inovação” e “eficiência”.  A obra faz um diagnóstico geral das mudanças nos sistemas educacionais influenciadas pelo chamado neoliberalismo escolar. Christian Laval mostra como o Banco Mundial, a Organização Mundial do Comércio e a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), entre outros órgãos, pressionam os sistemas de educação nacionais a fazer com que as instituições de ensino e os profissionais que nelas trabalham se moldem às necessidades do capitalismo contemporâneo.

4. Universidade pública e democracia

O volume reúne artigos escritos ao longo da última década por João Carlos Salles, reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Filósofo e professor de lógica, Salles faz uma defesa apaixonada de um modelo radicalmente democrático de universidade. De um lado, retrata um projeto utópico de educação nacional. De outro, elenca as iniciativas antidemocráticas e os ataques direcionados à educação pública dos últimos anos.

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