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Fase de grupos da Libertadores começa nesta 3ª. Brasileiros tentam quebrar jejum

Sem chegar a uma final do torneio continental desde 2013, país tem participação recorde, com oito clubes buscando o título

© Conmebol

São Paulo – Na noite desta terça-feira (7) teve início a fase de grupos da Copa Libertadores da América 2017, com oito clubes brasileiros na disputa, 25% do total de participantes da competição neste ano. Atlético-MG, Atlético-PR, Botafogo, Chapecoense, Flamengo, Grêmio, Palmeiras e Santos têm a missão de voltar a colocar uma equipe do país na final após um jejum de três anos.

A última final de Libertadores com um brasileiro foi em 2013, quando o Atlético-MG foi campeão, coroando quatro títulos seguidos de clubes do país. Antes, Internacional (2010), Santos (2011) e Corinthians (2012) já tinham erguido a taça da competição. Entre 2004 e 2013 todas as decisões contaram com equipes brasileiras, sendo que duas finais, de 2005 e 2006, foram exclusivamente verde e amarelas.

Desde a primeira edição do torneio, em 1960, a Libertadores teve a participação de 27 equipes diferentes do Brasil e terá hoje um 28º time a entrar nesse grupo. A Chapecoense disputa pela primeira vez a Libertadores, vaga obtida pelo título da Copa Sul-Americana de 2016. Nas finais do torneio, o Atlético Nacional da Colômbia abriu mão de jogar a decisão após a tragédia com o avião que levava a delegação do clube catarinense a Medellín, vitimando 71 pessoas, em novembro do ano passado.

A Chape é um dos dois brasileiros que estreia nesta terça-feira na competição. Os catarinenses enfrentam o Zulia, a partir das 21h45, no estádio Pachencho, em Maracaibo, na Venezuela. Ambos fazem parte do grupo 7. Já o Atlético-PR entra em campo às 21h, na Arena da Baixada, em Curitiba, contra o chileno Universidad Católica, partida validade pelo grupo 4, que também tem o Flamengo.

Argentinos em crise

Se no período recente os brasileiros têm sofrido para chegar às finais da Libertadores, a sorte dos argentinos tem sido outra. Campeões em 2014, com o San Lorenzo, e em 2015, com o River Plate, os hermanos têm o maior número de títulos da competição, tendo levantado a taça 24 vezes, sete a mais que os brasileiros.

A força dos clubes argentinos na América do Sul também aparece em outro dado. Desde 2007, somente em 2011 um torneio da Conmebol não havia contado com uma equipe do país na final no período de um ano, escrita quebrada em novembro do ano passado, quando o San Lorenzo foi eliminado pela Chapecoense na Arena Condá na semifinal da Sul-Americana. Talvez um prenúncio da crise que se aprofundaria no futebol local.

Após a morte de Julio Grondona, o quase eterno presidente da associação de futebol local, a AFA, os dirigentes da bola na Argentina mergulharam em uma disputa interna que refletiu, inclusive, no desempenho da seleção do país. Para piorar, o presidente do país, Mauricio Macri, resolveu acabar com o programa “Futebol Para Todos”, criado por Cristina Kirchner. A iniciativa assegurava ao governo os direitos de transmissão de TV do campeonato argentino, garantindo uma fonte de renda importante para os clubes.

Os jogadores argentinos, que estão em greve, reivindicam o repasse imediato do depósito do governo decorrente da rescisão do contrato de transmissão para que sejam pagos os salários em atraso. Em função do imbróglio, o retorno do campeonato argentino, cuja 15ª rodada estava marcada para o início de fevereiro e agora está programada para o dia 9 de março, continua incerto. A greve não inclui jogos da Libertadores.

 

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