Dança das Cadeiras

Doria tira vice do comando das prefeituras regionais e cria secretaria

Prefeito de São Paulo, que defende eficácia na gestão aos moldes da iniciativa privada, sofre com trocas no primeiro escalão e críticas a serviços básicos, que estavam a cargo de Bruno Covas

Reprodução/Facebook

Doria diz não estar insatisfeito com o desempenho de Covas como gestor, mas desloca o vice para a articulação política

São Paulo – O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta quarta-feira (1º) a saída do vice, Bruno Covas (PSDB), da Secretaria das Prefeituras Regionais, pasta responsável por serviços de zeladoria da cidade, em funções como asfaltamento, varrição das ruas e conservação de praças. Covas continua no primeiro escalão da prefeitura, agora em função eminentemente política. A zeladoria da cidade vem sendo criticada devido aos apagões nos semáforos, os buracos nas ruas e o mato crescido em praças e canteiros. Evitando o desgaste de uma saída definitiva, Doria criou a Secretaria da Casa Civil, que terá o vice-prefeito à frente.

A nova secretaria ocupada por Covas ficará responsável pela articulação política do governo municipal, retirando atribuições da Secretaria de Governo, ocupada por Julio Semeghini, que passa a atuar na articulação entre as secretarias. Na semana passada, o prefeito anunciou a demissão do secretário-adjunto das Prefeituras Regionais, Fabio Lepique, número dois da pasta então comandada pelo vice.

Em entrevista coletiva, o prefeito disse em “nada” estar insatisfeito com o desempenho do seu vice, mas afirmou que os serviços de zeladoria podem melhorar. Já Covas negou haver desgaste entre ele e Doria, e atribuiu as críticas a “fofoqueiros de plantão”. 

Para o lugar de Bruno Covas, no comando das subprefeituras, Doria nomeou Cláudio Carvalho Lima, ex-vice-presidente da construtora Cyrela, que estava à frente da Secretaria de Investimento Social, pasta criada em junho – agora extinta – para administrar as doações que Doria tentava amealhar com a iniciativa privada. Agora, as relações com os potenciais doadores ficarão a cargo da Casa Civil. 

Doria também anunciou o nome de Eduardo de Castro para a Secretaria do Verde e Meio Ambiente, que estava vaga desde agosto, com a demissão de Gilberto Natalini (PV), que saiu denunciou irregularidades e “atos não republicanos” de técnicos da pasta em processos de compensação ambiental junto à construtoras. 

Desde que assumiu, no início do ano, Doria também trocou os titulares das secretarias de Assistência Social (Soninha Francine), Direitos Humanos (Patrícia Bezerra) e Trabalho (Eliseu Gabriel), além de ter extinguido a Controladoria Geral do Município, criada na gestão anterior, de Fernando Haddad, para combater casos de corrupção.

 

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