Aí tem?

STJ concede habeas corpus por prisão domiciliar para Fabrício Queiroz

Presidente do STJ, João Otávio de Noronha, favoreceu Bolsonaro em 87,5% dos julgamentos, segundo jornal. Noronha teria interesse em vaga no STF

STJ e Repodução
STJ e Repodução
Noronha, do STJ, é tipo como candidato a vaga de ministro do STF

São Paulo – O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha, acolheu nesta quinta-feira (9) pedido de habeas corpus da defesa para que Fabrício Queiroz cumpra prisão domiciliar. Queiroz está em prisão preventiva desde 18 de junho, desde que foi detido em Atibaia (SP). É tido como comandante do esquema da “rachadinha” – repasse de dinheiro público do salário de funcionários de gabinetes bolsonaristas para a família Bolsonaro.

Seus advogados alegam estado de saúde supostamente fragilizado em meio à pandemia. E também contestam o teor do pedido de prisão autorizada pela Justiça.

O ministro Noronha é citado pelo jornal O Estado de S.Paulo como magistrado de perfil “governista”. Ele atendeu aos desejos da Presidência da República em 87,5% dos pedidos que chegaram ao STJ. Nos bastidores da política, comenta-se ainda que o ministro seria um dos postulantes a uma vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Em novembro, o ministro Celso de Mello, será aposentado compulsoriamente, ao completar 75 anos.

O procurador-geral da República, Augusto Aras, que também seria um dos pretendentes à vaga do decano, passaria a ser pressionado pela concorrência. O embate do bolsonarismo com a Operação Lava Jato passa pelo poder de Aras no comando do Ministério Público Federal.

A decisão do STJ que concede a prisão domiciliar a Queiroz é estendida também a sua mulher, Márcia Aguiar, que está foragida. O ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) – quando este era deputado estadual – é investigado ainda por participação nas relações do clã Bolsonaro com as milícias do Rio de Janeiro.

Confira repercussão nas redes


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