quebraram a tornozeleira

Bolsonaristas do 8 de janeiro foragidos deverão ser extraditados

A PF, o STF e o Ministério das Relações Exteriores definem estratégia para capturar os apoiadores de Bolsonaro condenados ou envolvidos, que estão foragidos na Argentina

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Marcelo Camargo/Agência Brasil
Dezenas de bolsonaristas condenados por tentativa de golpe, entre outros crimes, fugiram pelas fronteiras

São Paulo – A Polícia Federal, o Ministério das Relações Exteriores e o Supremo Tribunal Federal (STF) definem estratégia para capturar os bolsonaristas envolvidos nos ataques do 8 de janeiro que estão foragidos. A fuga para a Argentina e o Uruguai de dezenas de condenados ou investigados, que quebraram a tornozeleira eletrônica, foi revelada em maio, pelo Uol.

Segundo o portal, os investigadores pretendem pedir a extradição nos próximos dias de ao menos 60 pessoas. Para isso dependem também de trâmites diplomáticos com o governo de Javier Milei. Alguns dos fugitivos, que entraram no país furando as barreiras de imigração, teriam pedido refúgio ao governo argentino.

Conforme informações da colunista Carla Araújo, embora a cúpula do Ministério da Justiça ainda não tenha participado das conversas sobre extradição dos bolsonaristas foragidos, o ministro Ricardo Lewandowski têm “ótima sintonia” com o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues. Isso sinalizaria apoio ministerial à medida, o que é importante.

Bolsonaristas presos por tentativa de golpe

O pedido de extradição depende de análise de documentação do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional, vinculado ao Ministério da Justiça. Essa análise antecede o pedido de extradição feito ao Ministério das Relações Exteriores, encarregado dos trâmites junto ao país onde está o foragido.

Nesta quinta-feira (6), PF prendeu 49 foragidos em nova fase da operação Lesa Pátria contra 208 condenados ou investigados pela tentativa de golpe do 8 de janeiro de 2023. Os policiais ainda buscam outros 159 alvos de prisão expedidas pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.

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Redação: Cida de Oliveira