Economia mais fraterna

Em reunião com papa Francisco, Haddad defende taxação dos super-ricos

Em viagem à Europa, Fernando Haddad também buscou apoio dos ministros da Espanha e Itália no esforço global pela taxação dos bilionários do mundo

Divulgação/Vaticano
Divulgação/Vaticano
"Uma economia global de laços que combatam a miséria e a pobreza", celebrou Haddad após encontro com o papa

São Paulo – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu na manhã desta quinta-feira (6) com o Papa Francisco, no Vaticano. Em encontro de cerca de 25 minutos, Haddad voltou a defender a criação de um imposto global sobre os super-ricos.

Nesse sentido, a intenção é angariar apoio do pontífice da Igreja Católica para a proposta do Brasil na presidência do G20, que prevê a cobrança de 2% de imposto sobre o patrimônio de cerca de 3.000 bilionários pelo mundo. Desse modo, os recursos serviriam para ações de combate à fome e às mudanças climáticas.

Durante a audiência, Haddad presenteou o papa com uma cuia e bomba para chimarrão, uma referência às enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul. No mês passado, o Vaticano doou 100 mil euros como ajuda aos gaúchos.

Pelas redes sociais, o ministro celebrou o encontro com o pontífice, em nome de “uma economia global de laços que combatam a miséria e a pobreza”. O Vaticano também divulgou um vídeo que mostra a recepção de Haddad pelo papa.

Em viagem à Europa nos últimos dias, Haddad também se reuniu com os ministros da Economia da Itália, Giancarlo Giorgetti, e da Espanha, Carlos Cuerpo, quando também defendeu a taxação global dos super-ricos.

Assim ao longo da semana, Haddad tratou da expectativa do encontro com Francisco. Disse que a intenção era “trazer um abraço” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além disso, colocaria o governo brasileiro à disposição do Vaticano em temas comuns na busca por um mundo mais fraterno, de paz e liberdade.