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Veja as atividades promovidas pelo Sesc no dia do índio; exposições sobre as cidades e o design da periferia

Livro trilíngue guarani-português-inglês mostra o cotidiano de quatro comunidade indígenas da região sul da capital paulista (Foto: Rosa Gauditano/divulgação)

Imaginário indígena

Talvez poucos paulistanos saibam, mas existem três terras indígenas Guarani M’Byá na capital. São quatro aldeias (Tekoa Pyau, Tekoa Ytu, Krukutu e Tenondé Porã) que vivem em contato com não índios há quase 500 anos. O cacique Timóteo Verá, de Tenondé Porã, convidou a fotógrafa Rosa Gauditano para fotografar seu povo e auxiliá-lo na criação de um livro em guarani e português para escolas indígenas dessa tribo, que até o momento não tinha nenhum livro em sua língua.

A ideia era documentar a cultura deles por meio de dois pontos vista: o da fotógrafa, que não é índia, e o deles próprios. Rosa Gauditano organizou oficinas de fotografia digital, texto e desenho para 90 jovens e crianças guaranis. O resultado das aulas é um livro trilíngue (guarani-português-inglês) e a exposição Tão Perto Tão Longe, em cartaz até 30 de junho no Sesc Pinheiros, em São Paulo. A mostra conta com 21 desenhos e seis quadros (com quatro fotos cada um) feitos pelos próprios índios e 12 fotos em preto e branco feitas por Rosa. Nos desenhos e fotografias realizados pela comunidade, fica evidente o imaginário indígena: o céu estrelado, os animais silvestres, a mata… Tudo o que quase não existe mais na cidade de São Paulo.

Além das imagens, em abril a programação terá atividades como apresentação de mitos e lendas (dias 13 e 14, às 15h30), cantos e danças (20 e 21, às 15h30) e artesanatos Guarani (27 e 28, às 15h30). De terça a sexta, das 10h às 22h, e sábado, domingo e feriado, das 10h às 19h, na Rua Paes Leme, 195. Grátis. Mais informações em www.sescsp.org.br.

Clássicos para jovens

A coleção Graphic Chillers, da Editora Prumo, lançou mais um clássico do terror em quadrinhos. O Fantasma da Ópera, de Gastón Leroux, foi adaptado por Joeming Dunn e ilustrado por Rod Espinosa. Os títulos dessa coleção, direcionados ao público adolescente, são uma tentativa de aproximar os jovens dos clássicos da literatura. O livro narra o triângulo amoroso entre a cantora lírica Christine Daae, o aristocrata Raoul de Chagny e Eric, um gênio da música obcecado que habita os porões da Ópera de Paris. Também fazem parte da coleção O Drácula, O Médico e o Monstro, Frankenstein, O Lobisomem e A Múmia. R$ 23,90, em média.

O direito de morar

casas

O Museu de Arte do Rio (MAR) inaugurou em março a exposição O Abrigo e o Terreno, que faz parte do projeto Arte e Sociedade no Brasil. As concepções de cidade e as forças que se aliam e se batem nas transformações urbanísticas, sociais e culturais do espaço público e privado reúnem textos de Aluísio Azevedo, Clarice

 

 Lispector e Gilberto Freyre e telas de Hélio Oiticica, Lasar Segall, Pierre Verger, Walter Firmo e Adriana Varejão, entre outros artistas. As obras problematizam a propriedade, a posse e o uso dos espaços sociais e a relação entre a política e a subjetividade ‒ do direito à habitação ao desejo de abrigo. Até 14 de julho, de terça a domingo, das 10h às 17h, na Praça Mauá, no Rio de Janeiro. R$ 4 e R$ 8.

Poeira de uma estrada triste

Solidão, estrada, caminhão e Roberto Carlos. Esses são os elementos-chave do novo filme de Breno Silveira, À Beira do Caminho. Duda (Vinícius Nascimento) acabou de ficar órfão. Sentado na beira da estrada à espera de uma carona para ir a São Paulo procurar o pai que nunca conheceu, ele invade o caminhão de João (João Miguel) e se recusa a sair. O caminhoneiro, calado e ríspido, é o extremo oposto do garoto. João decide deixá-lo em Petrolina, onde será mais fácil conseguir carona, mas muda de ideia e dá início a uma história emocionante que teria tudo para ser piegas, mas não o é. O longa, já disponível para locação, tem roteiro bem costurado e uma fotografia nostálgica que embeleza ainda mais o cerrado brasileiro.

Viva a criatividade

viva

Na exposição Design da Periferia, a curadora Adélia Borges reuniu ideias geniais de design vindos de periferias de todo o Brasil. São manifestações de sabedoria criativa que vêm muitas vezes da precariedade em que vivem as pessoas nesses locais. Objetos, fotografias e vídeos podem ser conferidos em quatro módulos diferentes: Rua, com cenas e itens que ocupam o espaço urbano; Casa, com invenções domésticas; Corpo, que destaca a expressão do vestir; e Brincadeiras, que traz engenhosas releituras do universo infantil. Churrasqueiras feitas de calotas, grafismos nas barracas de festas populares e carrinhos de ambulantes são alguns dos objetos apresentados. Até 29 de julho, de terça a domingo, das 9h às 18h, no Pavilhão das Culturas Brasileiras, no Parque Ibirapuera, em São Paulo. Grátis. 

Foto: Sylvia Masini/Divulgação

 Baile animado

A mistura de choro, jazz, xote, baião, samba, reggae, hip-hop, funk, entre outros ritmos, é a especialidade do grupo Farofa Carioca. No DVD Farofa Carioca ao Vivo na Lapa, além dos hits Moro no Brasil, São Gonça, Rap do Negão e Jacaré, há novas composições e clássicos da MPB, como Vendedor de Bananas e Malandragem, Dá um Tempo. Para deixar o baile ainda mais animado, Elza Soares, Seu Jorge, Gabriel Moura e Bertrand engrossam o caldo da banda. R$ 42,90.