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Genética para todos os gostos

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Ethan Hawke, em cena de Gattaca

Antes mesmo de vir à tona a ovelha Dolly, em 1996, o cinema já produzia ficções em torno da manipulação de características humanas em laboratórios. Prepare muita pipoca para esta seleção. De 1978, Os Meninos do Brasil (de Franklin J. Schaffner) conta a história de Joseph Mengele (Gregory Peck), responsável por várias experiências genéticas com judeus, que exilado no Paraguai tentava fazer clones de Adolf Hitler. O caçador de nazistas Ezra Lieberman (Laurence Olivier) faz de tudo para impedir que o plano dê certo. Em 1984, Blade Runner (de Ridley Scott) levou às telas a crise existencial dos replicantes, cópias humanas feitas de carne e osso, porém mais fortes e ágeis, capazes também de amar e sofrer com a expiração de seu tempo de vida. Escravos na colonização de outros planetas, alguns deles se rebelam e vão em busca da ampliação do seu prazo de validade. Ao chegarem à Terra, em 2019, serão perseguidos pelo o ex-caçador de andróides, Deckard (Harrison Ford). Para quem gosta de reflexão tem o genial Gattaca: a Experiência Genética (de Andrew Niccol, 1997). Pessoas nascidas por um processo de seleção genética conseguem posições de destaque e quem é gerado “naturalmente” é considerado subumano. A trama opõe dois irmãos, um modificado e outro “inválido”. O Sexto Dia (de Roger Spottiswoode, 2000), em que Arnold Schwarzenegger descobre ter sido substituído por uma cópia, revela o poder da indústria de clones. A Ilha (Michael Bay, 2005) é tenebroso em relação ao futuro. Há um submundo povoado por clones encomendados pelos mais abastados, que em caso de doença terão órgãos para substituir. Aeon Flux (de Karyn Kusama, 2006) se passa 400 anos à frente, quando uma epidemia extermina toda a população da Terra, exceto em Bregna, cidade bem protegida e governada por cientistas. Em Eu, Minha Mulher e Minhas Cópias (de Harold Hamis, 1996), Doug (Michael Keaton) é casado, tem muitos projetos e pouco tempo, por isso procura um geneticista para fazer clones. O que ele não sabia é que suas cópias seriam muito mais difíceis de controlar do que seu tempo.

Franceses no Japão

Em comemoração ao Centenário da Imigração Japonesa no Brasil estão em cartaz até 25 de maio duas exposições inéditas no país: O Japão de Pierre Verger – Anos 30 e O Japão de Descamps e Desprez – Anos 90. São 200 imagens produzidas pelo respeitado fotógrafo-etnólogo Verger  (1901-1996) e outras 100 captadas por Bertrand Desprez e Bernard Descamps. Essas exposições, que se complementam, estão em dois andares da Galeria Humberto Betetto, no prédio da Caixa Cultural da Praça da Sé, em São Paulo. De terça a domingo, das 9h às 21h. Grátis.

Na intimidade

Imagine a voz de veludo de Oswaldo Montenegro cantando na sala do apartamento dele. Essa é a proposta da série Intimidade, da Som Livre. O primeiro a gravar foi Guilherme Arantes. Agora, é Montenegro que reapresenta sucessos da carreira com novos arranjos, bem intimistas, digamos. Tem Lua e Flor, Léo e Bia (com participação especial de Zeca Baleiro), A Lista, Bandolins, mas o destaque mesmo fica com O Condor, encerrando o DVD, cantada à capela com a energia de uma orquestra. R$ 38.

Os causos de Mouzar

Como surgiram os coronéis? Quem matou João Pessoa? Por que acabou a política café-com-leite? Como foi a Revolução de 32? E a quebra da Bolsa de Nova York? Fatos misturados com ficção dão a linha do novo livro do cronista da Revista do Brasil Mouzar Benedito, O Tropeiro Que Não Era Aranha nem Caranguejo (Ed. Limiar). O romance é daqueles que se lêem de uma tacada só. Marcelino, personagem nascido na cidade mineira de Nova Resende, como Mouzar, conta sua história permeada por acontecimentos da primeira metade do século 20.

Nova safra

Para quem gosta de boas histórias contadas com profundidade, Jornalistas Literários: Narrativas da Vida Real por Novos Autores Brasileiros, organizado por Sergio Vilas Boas (Summus Editorial, 315 págs., 2007), é prato cheio. É uma coleção com 16 narrativas sobre pessoas reais e suas experiências. A maior riqueza está na diversidade cultural que recheia as páginas. Todas as reportagens foram feitas por alunos de pós-graduação da Associação Brasileira de Jornalismo Literário de São Paulo, Campinas, Brasília e Porto Alegre. R$ 50.