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Geógrafo do Brasil

divulgação Aziz Ab’Saber, do Instituto de Estudos Avançados da USP, é o mais importante geógrafo brasileiro em atividade e um dos mais conceituados geomorfologistas do mundo. Sua história, relatada à […]

divulgação

Aziz Ab’Saber, do Instituto de Estudos Avançados da USP, é o mais importante geógrafo brasileiro em atividade e um dos mais conceituados geomorfologistas do mundo. Sua história, relatada à jornalista Cynara Menezes, pode ser lida no recém-lançado O Que É Ser Geógrafo (Editora Record, 208 pág.). Em seu depoimento, o paulista de São Luís do Paraitinga revela que entrou na USP como jardineiro – manobra que o então professor Kenneth Caster encontrou para torná-lo assistente. Também relembra que foi um dos primeiros profissionais a defender o tombamento de áreas naturais brasileiras, como a Serra do Japi, e a lutar contra a privatização da Vale do Rio Doce. “São os geógrafos que cuidam das relações entre homens, comunidades, sociedades e o meio ambiente em que esses componentes básicos do planeta, junto com a vida vegetal e animal, têm o seu habitat”, define Ab’Saber. R$ 26, em média.

Lado Zeca

lado Z

Para comemorar os dez anos da carreira discográfica, o cantor e compositor maranhense Zeca Baleiro, integrante da chamada nova (nova?) MPB, lançou um disco de duetos com músicas gravadas desde o início da carreira. Em Lado Z, divide o microfone com Lobão, Martinho da Vila, Rolando Boldrin, Fagner, Jards Macalé, Tião Carvalho e Forróçacana, e faz releituras de Tom Zé, João Bosco, Clara Nunes, Odair José e Waldick Soriano. Na faixa-bônus, um dueto com o cantor português Sérgio Godinho gravado em 2003. R$ 28, em média.

Contos sem fadas

Na década de 90, a escritora inglesa Angela Carter coletou em dois volumes contos de fadas do mundo inteiro para a editora Virago. Agora, em 103 Contos de Fadas, a Cia. das Letras reúne pela primeira vez essas histórias que levam ao leitor um incrível painel do folclore mundial e das tradições narrativas de vários povos, do Ártico à Ásia. Só que “de fadas” o livro não tem quase nada. A maioria dos contos foi escrita em uma época em que esse tipo de literatura não era para crianças. É um retrato do mundo pré-industrializado e de dinâmicas sociais que foram se perdendo no tempo. R$ 46, em média.

mulata di cavalcantiAmores floridos

A mostra Di Cavalcanti 110 Anos – De Flores e Amores pode ser conferida no Espaço Cultural BM&F, no centro de São Paulo. Os 20 óleos sobre tela feitos entre as décadas de 30 e 70 expõem toda a sensualidade pintada pelo artista carioca que, apesar de conviver com os modernistas, nunca se afastou da vida nos morros. Sob curadoria de Denise Mattar, a exposição tem caráter poético e didático, com uma cronologia ilustrada e trechos de poemas de Di. Um deles inspira o título da mostra: “Existe flor para rimar com amor”. De segunda a sexta, das 10h às 18h. Até 14 de dezembro. Tel. (11) 3119-2404. Grátis.

Numa perna só

Depois de publicar o Anuário do Saci, o escritor Mouzar Benedito e o ilustrador Ohi lançaram o Saci – O Guardião da Floresta (Editora Salesiana, 72 pág.), uma viagem pelo universo do mito mais pop do Brasil. A dupla mostra como nasceu o personagem protetor das matas e florestas e também flerta com questões ambientais, da História, da geografia e da língua portuguesa. R$ 18.

árido movieFilme árido

Árido Movie (2006, Europa Filmes), de Lírio Ferreira, é uma trama inquieta e original. Jonas (Guilherme Weber), repórter do tempo de um canal de TV, mora em São Paulo e precisa ir às pressas a sua cidade natal, no interior de Pernambuco, para o enterro do pai (Paulo César Pereio). Depois de pegar carona com a produtora de vídeos Soledad (Giulia Gam), Jonas depara com o insano desejo da avó: que ele vingue a morte do pai. A chegada dos amigos (Selton Mello, Mariana Lima e Gustavo Falcão) torna a história engraçada e revela a importância das plantações de maconha naquela região. Ótimo elenco e fotografia encantadora. Não se surpreenda com o final. Em DVD.

Amor de índio

O valor que índios de várias tribos dão ao amor é exaltado nos contos de A Primeira Estrela Que Eu Vejo É a Estrela do Meu Desejo e Outras Histórias Indígenas de Amor (Editora Global, 48 pág.), de Daniel Munduruku. O livro infanto-juvenil, fininho e com várias e belíssimas ilustrações de Mauricio Negro, traz cinco histórias que fazem parte da tradição oral indígena. Daniel sugere que sejam lidas com o coração, “onde mora o amor”. R$ 29, em média.

Ora, pois

vaso grego

Para celebrar os 200 anos da chegada da família real portuguesa, o Centro Cultural Banco do Brasil preparou Lusa – A Matriz Portuguesa. A exposição traz aos brasileiros as origens dos nossos colonizadores por meio de 180 peças de mármore, cerâmica, ouro, ferro e azulejos, além de pinturas, esculturas, peças arqueológicas, mapas e instrumentos científicos vindos de 43 museus e instituições culturais de Portugal. Painéis multimídia mostram as transformações da língua portuguesa, tudo para demonstrar como eles influenciaram nossa formação. Até 10 de fevereiro de 2008. Tel. (21) 3808-2020. Grátis.