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Sociologia de um artista plural

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Mutarelli e Simone Spoladore em cena de O Natimorto, filme baseado em seu livro

Um dos mais premiados desenhistas brasileiros, Lourenço Mutarelli é o que se convencionou chamar de multi. Além de ser dono de traço e estilo únicos, que se tornaram célebres nas histórias em quadrinhos, excursiona pelo teatro, pela literatura e pelo cinema com a mesma desenvoltura. Começou a carreira com HQs, por meio de fanzines editados com tiragem baixa e distribuídos pelo próprio autor. Passou pelo estúdio de Mauricio de Souza e, depois, seguiu pelos rumos sombrios da sua imaginação.

Como quadrinista publicou A Caixa de Areia, Transubstanciação, Seqüelas, Confluência da Forquilha, Mundo Pet, O Dobro de Cinco, O Rei do Ponto e A Soma de Tudo 1 e 2. É autor dos livros O Teatro de Sombras, Jesus Kid e de O Cheiro do Ralo, que deu origem ao espetacular filme homônimo. Seu quadrinho O Dobro de Cinco também vai virar filme em breve, nas mãos do produtor Rodrigo Teixeira e do diretor Dennison Ramalho.

Para o teatro, escreveu O Que Você Foi Quando Era Criança, da Cia. da Mentira, e o sufocante O Natimorto – Um Musical Silencioso, livro já filmado e em fase de finalização, que chegará às telas em 2009 com direção de Paulo Machline. Nele, divide a atuação com Simone Spoladore e Betty Gofman. No final de julho lançou pela Cia. das Letras A Arte de Produzir Efeito Sem Causa. Como ator, escritor ou cartunista, ele transforma em arte dramas que personifica, como a solidão, o trágico e a insegurança que retratam a sociedade contemporânea.

Tudo pode dar certo

A carismática Juno (Ellen Page) é uma adolescente muito prática. Quando descobre que está grávida de seu melhor amigo (Michael Cera) toma uma decisão bastante estranha: decide colocar o bebê para adoção e passa a freqüentar a casa dos futuros papais (Jennifer Garner e Jason Bateman). Juno (Paris, 2007), dirigido por Jason Reitman e escrito pela ex-stripper Diablo Cody, não é um filme de grandes emoções, mas agrada pela simplicidade com que aborda o tema, pelas boas atuações, pela trilha sonora que se encaixa como uma luva e pelo enredo catártico – em que tudo o que podia dar certo dá, apesar das situações-tabu. Vencedor do Oscar de Melhor Roteiro Original, já está nas locadoras.

Grande jornalismo

A elite do jornalismo mundial está em O Grande Livro do Jornalismo, editado por Jon E. Lewis (Ed. José Olympio, 378 pág.), que selecionou o que considera os 55 textos mais emblemáticos da história com uma variada gama de assuntos: da queda da Bolsa de Nova York ao casamento de Grace Kelly. Passa por Um Homem É Guilhotinado em Roma, de Charles Dickens (1845), e O Relógio Marcava 7h55 – Precisamente O Momento em Que o Míssil Explodiu, de Robert Fisk, sobre a Guerra do Iraque. Para jornalistas e adoradores de bons textos. R$ 49, em média.

Informação, direito humano

Muitos Mundos, Uma Voz, de João Freire, que o autor chama de estudo, é uma coletânea de fatos e situações que colocam em discussão a ligação direta da comunicação como direito humano essencial e universal. Seu título é uma reaplicação do Um Mundo, Muitas Vozes, trabalho da Unesco, de 1980. O livro recolhe situações de conflitos na produção jornalística, analisa casos, faz reflexões éticas sobre os desafios criados pelas modernidades tecnológicas. João Freire edita também o blog www.midiaemdebate.com.br. Contato: (63) 9207-4545 ou [email protected]

Centenário

Para celebrar o centenário de morte de um grande autor, está em cartaz até 26 de outubro no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, a exposição Machado de Assis: Mas Este Capítulo Não É Sério. O título remete a um capítulo de Memórias Póstumas de Brás Cubas, principal obra de inspiração da exposição. O visitante vai deparar com o ambiente machadiano: sua cidade, os olhos de ressaca de Capitu, de Dom Casmurro, transpostos numa penteadeira, um gabinete de leitura com a presença virtual de famosos e anônimos e a interessantíssima seção “Delyrio”, com a cronologia invertida da vida do escritor. De terça a domingo, das 10h às 18h. R$ 4 e R$ 2 – grátis aos sábados. Metrô Luz, s/nº, (11) 3326-0775.

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