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A volta da coleção Fradim e a chegada de São Marcos à telas

A volta do Fradim Lançada pela ONG paulista Henfil – Educação e Sustentabilidade, em parceria com o Instituto Henfil, do Rio de Janeiro, a Coleção Fradim lembra uma década de […]

A volta do Fradim

Lançada pela ONG paulista Henfil – Educação e Sustentabilidade, em parceria com o Instituto Henfil, do Rio de Janeiro, a Coleção Fradim lembra uma década de tiras, histórias e cartuns publicados entre 1971 e 1980 que se incorporaram ao imaginário das gerações de então e posteriores. Henrique de Souza Filho, em plena ditadura, teve a coragem de dar voz aos seus fradins, os célebres e provocativos Cumprido e Baixim, além da Turma da Caatinga, a Graúna, o Bode Francisco Orelana e o Capitão Zeferino, personagens que contestavam, com humor e ironia, a situação social e política do país.

Sob o selo “25 Anos sem Henfil – ‘Morro, mas meu desenho fica’”, a coletânea contará com 30 edições mais o número zero, um exemplar adicional que faz um apanhado geral do conjunto da obra. Até o final deste ano 18 edições devem estar disponíveis. A previsão é que a coleção, com 31 números, se complete no primeiro semestre de 2014. As edições podem ser compradas individualmente ou em pacotes pelo site http://bit.ly/colecaofradim.

Ivan Cosenza de Souza, filho do cartunista, considera o relançamento da Coleção Fradim uma oportunidade de apresentar a obra às novas gerações e de reencontro de antigos admiradores com os personagens inesquecíveis dos quadrinhos e do humor político brasileiro. “Tenho muito orgulho do interesse e do carinho que as pessoas têm pelo trabalho dele. Eu vejo a receptividade que a obra ainda tem, mesmo para o pessoal novo, que não conhece bem. Acho que os jovens se interessam porque ele tem uma linguagem muito forte de contestação e muito atual”, afirma Ivan, que é criador e administrador do Instituto Henfil, entidade carioca que, além de preservar a obra do cartunista, faz campanhas sociais e de conscientização. R$ 15 cada volume.

Uma grande aventura

cantiga.jpgO quadrinista e ilustrador francês Blexbolex (pseudônimo para Bernard Granger) acaba de ter lançado no Brasil seu livro Cantiga (Cosac Naify, 288 pág.). Uma história com sete versões cumulativas, o livro infantil traz uma ilustração acompanhada de apenas uma palavra por página. A narrativa simples prende a atenção pela surpresa que causa a cada história. O que começa com o rotineiro trajeto de uma criança da escola para a casa, vai crescendo e vira uma grande aventura com direito a princesa, bruxas e feitiços cheios de cores fluorescentes. R$ 40.

Devoção verde, admiração geral

marcos.jpgO que faz um goleiro virar santo? Ronaldo, Romário, Neymar, Cafu, Edmundo, Marcelinho Carioca, Rogério Ceni, Vanderlei Luxemburgo e outros grandes nomes do futebol brasileiro contam no documentário Santo Marcos por que o arqueiro aposentado do Palmeiras ganhou essa fama. “O Marcos cresceu, a trave diminuiu”, lembra Vampeta.

“O povo brasileiro é devoto desse santo”, afirma Ronaldo. O filme, que estreou em novembro, traz defesas inesquecíveis, mostra a vibração da torcida e apresenta toda a trajetória de Marcos, desde seu início, em Oriente, no interior de São Paulo, até sua despedida, em dezembro de 2012, no Pacaembu. Seu maior feito, no entanto, é ter alcançado o raro respeito de múltiplas torcidas e até mesmo de quem não liga para futebol – obra mais do homem do que do santo.

Compartilhamento no Rio

rio.jpgA exposição Virei Viral, em cartaz até 6 de janeiro no Centro Cultural Banco do Brasi, no Rio de Janeiro, conta a história dos virais desde os tempos pré-digitais. São videoinstalações, obras digitais e suportes multiplataformas que apresentam a cultura do compartilhamento de conteúdos. A mostra, que tem curadoria de M’Baraká Experiências, traz trabalhos do americano Jonathan Harris, do francês Sacha Goldberger e dos brasileiros Lucas Bambozzi e Alexandre Mury. De quarta a segunda-feira, das 9h às 21h, na sala A, no segundo andar do CCBB, Rua Primeiro de Março, 66, Centro, (21) 3808-2020. Grátis.

Poesia de Cazuza

cazuza.jpgPara celebrar a obra de Agenor de Miranda Araújo Neto, o Cazuza, morto em 1990, o Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, organiza a exposição Cazuza, Mostra Sua Cara, a primeira que a entidade paulista dedica a um artista que se destacou como compositor, e não como escritor. Cenográfica e interativa, a mostra ocupa oito salas do museu e revela como a poesia de Cazuza transcende da oralidade para a escrita sem abrandar o tom inquieto e inconformista de sua criação. Até 23 de fevereiro, no Museu da Língua Portuguesa. Terças, das 10h às 22h. Quarta a domingo, das 10h às 18h. Praça da Luz, s/n, (11) 3322-0080. R$ 3 e R$ 6.

Lado B

ladob.jpgO selo Joia Moderna lançou o projeto Agenor, que traz releituras modernas e pegada eletrônica de 17 canções de Cazuza. China, Domenico Lancelotti, Botika, Letuce, Momo e outros novos nomes da música brasileira apresentam canções do início da carreira do artista, menos conhecidas. A banda Tono traz a faixa Amor, Amor, Wado interpreta Down em Mim,Mais Feliz fica a cargo de Silva, Catarina Dee Jah canta Largado no Mundo; e Mombojó leva Vem Comigo. Cada um apresenta, a seu modo, uma faceta de Cazuza: romântico, cruel, passional, provocador. A coletânea completa pode ser ouvida de graça em https://soundcloud.com/projetoagenor. Para saber onde comprar o CD, visite www.tratore.com.br. R$ 30.