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Futebol e música

Uma exposição no Sesc Pompeia, de 16 de maio a 13 de julho, que aborda a relação entre música popular e futebol, traz o acervo do radialista Beto Xavier, autor […]

Uma exposição no Sesc Pompeia, de 16 de maio a 13 de julho, que aborda a relação entre música popular e futebol, traz o acervo do radialista Beto Xavier, autor do livro Futebol no País da Música, lançado em 2009, resultado de quase 15 anos de pesquisa.  Em entrevista a Oswaldo Colibri Vitta, ele dá detalhes desse casamento desde o 1 a 0 de Pixinguinha e Benedito Lacerda, composição que celebra o primeiro campeonato sul-americano conquistado pelo Brasil, em 1919, após duas prorrogações contra o Uruguai. “É um dos choros mais gravados da música brasileira”, diz.

O casamento ocorreu também literalmente: o de Charles Miller, apontado como o introdutor do futebol no Brasil, com a musicista Antonieta Rudge, “uma das melhores intérpretes de Chopin no mundo”.

Segundo Beto, a ligação da música com a seleção brasileira começou em 1958, “para muitos o redescobrimento do Brasil como uma nação”. O livro fala, claro, do Pra Frente, Brasil de 1970, e do Voa, Canarinho gravado pelo então jogador Júnior em 1982, com 680 mil cópias vendidas. E lembra de clássicos como Geraldinos e Arquibaldos, de Gonzaguinha, autor ainda de Se o meu Time não fosse o Campeão, “uma das cinco melhores de todos os tempos”, gravada só pelo MPB-4. Até chegar ao período mais recente, citando, entre outras, Uma Partida de Futebol (do cruzeirense Samuel Rosa e do são-paulino Nando Reis), com o grupo Skank.