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Fotografia para o tato, cinema humanista e leitura cidadã

Alunos com deficiência visual expõem fotos na Pinacoteca de SP. Universidade Livre Feminista oferece acervo para leitura sobre questão de gênero. Selo infantil desvenda a política. E outras dicas

GABRIEL CARDOSO/PINACOTECA DO ESTADO DE SÃO PAULO

exposicao_transver_1_foto_Gabriel_Cardoso_Pinacoteca_do_Estado_de_Sao_Paulo.jpgFotografia para sentir

De agosto a outubro de 2015, dez alunos com diferentes graus de deficiência visual fizeram um curso de fotografia coordenado por João Kulcsár no Núcleo de Ação Educativa da Pinacoteca do Estado, em São Paulo. O resultado das aulas pode ser conferido até 3 de abril na exposição Transver – Fotografias Feitas por Pessoas com Deficiência Visual. A mostra apresenta dez imagens feitas pelos alunos e também oferece recursos de acessibilidade, como pranchas táteis, audiodescrição e textos em Braille. Por meio de um código, os visitantes podem assistir aos depoimentos gravados pelos fotógrafos. De quarta a segunda, das 10h às 18h, na Praça da Luz, 2, em São Paulo. R$ 3, R$ 6 e grátis aos sábados. Informações: (11) 3335-4990.

abusos livroAbusos

Autor do best-seller O Menino do Pijama Listrado, John Boyne lançou em janeiro no Brasil o livro Uma História de Solidão (Cia. das Letras, 416 págs.), que aborda os casos de abuso sexual na Igreja Católica na Irlanda. A ficção conta a história de Odran Yates, o primogênito de um lar disfuncional que, aos 17 anos, vai estudar em um seminário que prepara garotos para a vida eclesiástica. Já padre, Odran percebe que era inocente demais para compreender o que acontecia ao seu redor e tenta acertar as contas com sua consciência. O autor apresenta uma Irlanda bem diferente da do senso comum, com viciados em drogas, perdedores e pedófilos, e onde pais biológicos batem em seus filhos e pais espirituais lhes estupram. Preços sugeridos: R$ 45 e R$ 30 (e-book).

biblioteca_feminina_foto_divulgacao.jpgConhecimento contra o machismo

A Biblioteca Feminista oferece acesso livre e gratuito a documentos, textos e livros que abordam temas ligados ao feminismo e à equidade de gênero. Trata-se de um centro de documentação e de ideias organizado pela Universidade Livre Feminista, um projeto cujo objetivo é “congregar, catalisar e fomentar ações educativas, culturais, artísticas; de produção de conhecimento e compartilhamento de saberes acadêmicos, populares e ancestrais, numa perspectiva contracultural feminista, antirracista e anticapitalista”.

O site oferece materiais que discutem democracia e participação, direitos humanos, igualdade racial, movimentos sociais, sindicatos e partidos, entre outros temas.

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Arta Dobroshi e Jérémie Renier em cena de O Silêncio de Lorna

Humanismo nas telas

Considerados mestres do drama social, os diretores, roteiristas e produtores belgas Luc Dardenne e Jean-Pierre Dardenne ganham em fevereiro uma retrospectiva no Centro Cultural Banco do Brasil de Brasília, e a partir do dia 17 nas unidades de São Paulo e do Rio de Janeiro. Com curadoria da cineasta Caru Alves de Souza, a mostra Cinema Humanista – Irmãos Dardenne vai exibir 22 filmes, entre os quais os que consagraram a dupla, como La Promesse, Rosetta, O Filho, O Silêncio de Lorna e O Garoto de Bicicleta, assim como a produção documental dos irmãos Dardenne, de rara circulação no Brasil. Entre os temas abordados nos longas, estão a vida de exilados, lembranças de uma greve geral e as rádios livres na Europa. R$ 2 e R$ 4. A mostra vai até dia 29. Confira a programação completa no site do CCBB.

Leitura cidadã

Para comemorar o aniversário de 20 anos, a Editora Boitempo lançou um selo infantil que pretende explicar política para crianças. Os primeiros livros da Boitatá fazem parte da Coleção Livros para o Amanhã, lançada originalmente em 1977 pela extinta editora catalã La Gaya Ciencia. A Democracia Pode Ser Assim e A Ditadura é Assim são as primeiras obras do novo selo. Até o fim do primeiro semestre, estão previstos os lançamentos de As Mulheres e Os Homens, que trata sobre questões de gênero por um viés de igualdade e respeito à pluralidade, e O Que São Classes Sociais?, sobre a complexidade das dinâmicas sociais.A intenção é oferecer obras que promovam, além do aprendizado, o questionamento e a formação cidadã. R$ 42, em média.

Pense e danceAlafia_Corpura_Frontal_foto_divulgacao.jpg

Rap, música de terreiro, MPB, funk, black music. A banda Aláfia (caminhos abertos, em Iorubá) lançou Corpura, um álbum dançante que mistura influências dos blocos afro com funk americano e brasileiro, a sonoridade do candomblé e letras que questionam a sociedade e denunciam o racismo. Depois do álbum Aláfia, de 2013, a banda composta por 11 músicos reafirma seu compromisso com a ancestralidade e com as matrizes afrobrasileiras. O som de Corpura faz dançar na mesma medida que as letras das 11 canções fazem refletir. O álbum pode ser ouvido e comprado no site da banda. R$ 25, em média.

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