vírus letal

Brasil tem mais 884 mortes pelo novo coronavírus e já passa de 200 mil casos

São 13.993 brasileiros mortos pelo novo coronavírus. Número de infectados chegou a 202.918. Subnotificação é realidade

Fernando Crispim/Amazônia Real
Fernando Crispim/Amazônia Real
Para epidemiologista, segunda onda está sendo ocultada sistematicamente

São Paulo – O Brasil registrou, nesta quinta-feira (14), sua pior marca de mortes pela covid-19 em 24 horas: foram 884 vítimas da doença provocada pelo novo coronavírus. Com isso, já são 13.993 óbitos desde o início da pandemia, em março. Já o número de casos em um dia chegou a 13.944, o que faz o total ultrapassar a marca dos 200 mil infectados – 202.918. Há um mês, em 14 de abril, o Brasil tinha 1.552 mortos pela covid-19.

A taxa de letalidade da doença no país registrada nas últimas 24 horas foi de 6,9%, superior ao padrão global, de cerca de 2%. Isso tem relação com a baixa disponibilidade de testes no país. Estudos de diferentes entidades afirmam que é grande a subnotificação de casos e até de mortes no país. A universidade norte-americana Johns Hopkins, referência mundial em informações sobre a pandemia, estima que o Brasil já deva ter ultrapassado 1 milhão de casos.

São Paulo segue à frente dos números da covid-19 no país. Desde o início do surto foram 4.315 mortes – média de cerca de oito mortes por hora no estado. Já sobre os leitos de UTIs, 69% estão ocupadas em todo o estado, mas na Grande São Paulo a situação é mais delicada. De acordo com dados da Secretaria de Saúde, 85,5% dos leitos da região metropolitana estão ocupados.

Mesmo com o avanço do vírus e a incerteza sobre a duração da crise ou quando será realmente seu pico de letalidade, as medidas de isolamento não estão sendo respeitadas de forma adequada. Distanciamento e isolamento social são as únicas medidas com eficácia confirmada pela ciência para evitar a disseminação descontrolada do vírus, provocando assim colapsos em sistemas de saúde por falta de leitos e equipamentos.

No estado mais afetado, a meta inicial do governo era de manter 70% das pessoas em casa durante esse período, mas a adesão tem ficado abaixo dos 50%. De acordo com a última medição, em todo o estado 47% das pessoas aderiram ao isolamento, Na capital, o número é similar, de 48%.