Bancários do Santander pedem garantias de emprego

Em todo o país, Dia Nacional de Lutas dos trabalhadores do grupo espanhol, que inclui o banco Real, leram um manifesto e pediram revisão do cálculo da PLR

Para reivindicar o pagamento do Adicional de participação nos lucros e resultados (PLR) e o fim das demissões nos bancos Santander e Real, sindicatos de bancários de todo país promoveram um Dia Nacional de Lutas na terça-feira (19). Segundo a Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), desde janeiro ocorreram mil dispensas “silenciosas”.

Mutirão de dirigentes percorreu diversas agências em São Paulo (Foto: Gerardo Lazzari)De roupas pretas e com uma batucada de talheres e latas, houve ações em 60 agências em São Paulo. Além de ler um manifesto, eles distribuíram dlores aos clientes e cópias de um modelo de cheque que simbolizava o bônus pago aos acionistas. As concentrações foram no Centro Administrativo Santander, matriz e Majolão do Real. Depois, em mutirão, os dirigentes sindicais percorreram dezenas de agências nas zonas Norte, Sul, Leste, Norte, Centro, Paulista e Osasco. 

Clientes receberam flores durante o protesto (Foto: Jailton Garcia)

Também ocorreram atividades em Santo André, Catanduva, Jundiaí, Taubaté, Campo Mourão e outros locais. No Rio de Janeiro, os trabalhadores retardaram a abertura das principais agências do Real (avenida Rio Branco) e do Santander (praça Pio X). 

“O objetivo geral era a defesa do emprego, o fim das demissões no banco Santander e uma participação mais justa nos lucros e resultados do banco”, explica Mario Raia, diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, em entrevista ao Jornal Brasil Atual. “Só foram valorizados os acionistas e os altos executivos. Parece que o banco se esqueceu de valorizar os trabalhadores na hora de distribuir esses lucros”, completa. 

Demissões

As demissões estão acontecendo, segundo os sindicatos, apesar de terem sido criados mecanismos para evitar o fechamento de postos de trabalho durante as negociações, como um centro de realocação, licença remunerada pré-aposentadoria (apelidada de “pijama”) e um bônus de antecipação de aposentadoria. Mas lideranças do movimento acreditam que deveria haver contratações. “É necessário que os clientes sejam atendidos por mais funcionários”, defendeu Marcelo Gonçalves, dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo. “Isso aperfeiçoa a qualidade do serviço e gera melhores condições de trabalho. Existe um centro de realocação, conquistado em mesa de negociação, que pode transferir mais pessoal, evitando demissões”, acrescenta.

Com informações do Jornal Brasil Atual