Fusão não ameaça empregos, acredita sindicalista

Para a Confederação dos Trabalhadores da Indústria Alimentícia, é interessante manter o setor nas mãos do capital nacional, além de garantir que a recuperação da Sadia.

O presidente da Confederação dos Trabalhadores da Indústria Alimentícia, Siderlei Oliveira, diz que a criação da Brasil Foods a partir da fusão da Sadia e da Perdigão não ameaça os empregos no setor. Ele acredita que a fusão ajuda a salvar a Sadia, que passava por vários problemas financeiros, e praticamente unifica a pauta de reivindicações da categoria, já que juntas possuem 100 mil funcionários.

“Não temos preocupação com o desemprego, porque é um setor em expansão”, declarou Oliveira a Rodrigo Rodrigues, do Jornal Brasil Atual. “[Elas] não estão se fundindo com a ideia de reduzir plantas, mas de aumentar”, completa. Para ele, o fato de a Perdigão assumir a dívida contraída pela Sadia em operações com derivativos de crédito é um indicativo disso.

O sindicalista destaca ainda o caráter estratégico do setor para o Brasil. “Para nós, não é interessante que esse setor, em que ainda predomina a indústria nacional, predominasse a indústria estrangeira. O capital que entra no país vai ser distribuído no Brasil e o lucro distribuído entre os acionistas brasileiros”, defende.

A fusão de Sadia e Perdigão ainda será analisada pelo Conselho Nacional de Defesa Econômica e deve entrar em vigor no segundo semestre.

Com informações do Jornal Brasil Atual

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