Sindicato dos professores de federais nega que 19 universidades tenham saído da greve

Apesar disso, direção do órgão avalia que suspensão unificada da greve seja melhor caminho e pretende continuar reivindicando melhorias na carreia junto a parlamentares

São Paulo – O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) nega que 19 universidades federais já tenham saído da greve, como informou o Ministério da Educação (MEC) ontem (5), em nota. Para a direção do órgão, alguns campi isolados deliberaram o fim das paralisações e o MEC contabilizou como se fossem as universidades. 

O sindicato não divulgou quantas instituições de ensino decidiram permanecer em greve, pois as assembleias terminam às 21h de hoje (6). Com as deliberações em mãos, a direção do Andes irá se reunir para avaliar se as universidades continuarão em greve, se marcarão um dia para finalizar as paralisações ou se encerarão a greve de forma unificada.

Para o diretor do sindicato Josevaldo Cunha, esta seria a saída mais eficiente para o movimento. “Por conta da conjuntura atual avalio que seria mais eficiente dar continuidade à luta insistindo na reabertura de negociações junto a parlamentares.” Apesar disso, ele acredita que é importante marcar uma data para retornar ao trabalho. “Assim os comandos locais de greve podem se reunir com as direções das universidades para não ter que engolir um calendário de reposição que não tenha sido discutido.”

A decisão sobre a continuidade das paralisações, que já duram 113 e chegaram a ter adesão de 60 das 62 universidades federais, deve ser anunciada no domingo (9). Os professores reivindicam reajuste salarial acima da inflação e reestruturação do plano de carreira.

O MEC informou ontem que os professores das universidades federais do Rio de Janeiro, de Minas Gerais e de Pernambuco decidiram encerrar a greve, somando-se a mais 16 instituições que já haviam indicado o fim das paralisações: as universidades federais de Santa Catarina, de São Carlos, de Ciências da Saúde de Porto Alegre, da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, do Ceará, do Rio Grande do Sul, da Fronteira Sul e a Universidade de Brasília.

De acordo com o órgão, as universidades do Tocantins, do Pampa e de São Paulo já retomaram parcialmente as atividades.